Preço do frete seguirá pressionado no segundo semestre
Recentemente, a NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) divulgou durante o CONET (Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado) uma pesquisa realizada com mais de 2200 transportadoras no Brasil, em parceria com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). O estudo apontou que, apesar do pessimismo em relação à economia ter diminuído entre as empresas do setor de transporte rodoviário de cargas, a perspectiva é de que o preço do frete siga pressionado ao longo do segundo semestre de 2017, impactando diretamente os custos logísticos no país.
Após dois anos com os piores resultados da história do setor (2015 e 2016), 23% das empresas consultadas afirmaram que, este ano, a situação financeira do negócio está melhor do que antes, 15% disseram estar em uma situação estável e 62% atestaram piora no desempenho financeiro. Apesar do último número ser alarmante, apresenta uma considerável melhora em relação ao último estudo, divulgado em janeiro deste ano, quando 82% das transportadoras entrevistadas consideraram estar em uma situação financeira pior se comparada ao período anterior.
Quanto ao faturamento, os números também apontaram uma pequena recuperação: o percentual de empresas que registrou queda foi de 71% no primeiro semestre de 2017, uma redução de, aproximadamente, 18% em relação ao final de 2016. “Todos tiveram de fazer sacrifícios para continuar operando e a pressão no valor do frete é apenas um dos reflexos dessa realidade”, afirmou José Hélio Fernandes, presidente da NTC & Logística.
Para Fernandes, o levantamento trouxe alguns bons sinais, mas, se comparados com os números do setor em 2015 e 2016, ainda mostra um cenário aquém das expectativas: “Diante de uma base de comparação tão fraca, esperava uma reação mais expressiva. Mas, considerando o agravamento da crise política, acredito que teremos uma melhora constante e progressiva nos próximos meses”.
O estudou da NTC também revelou importantes dados sobre o preço do frete no país: transportadoras que receberam pagamento pelo frete abaixo do custo avançaram de 72% para 79% entre o fim de 2016 e o primeiro semestre deste ano. Já empresas que não aumentaram ou deram desconto no frete passaram de 90% para 91%. Há também um pessimismo sobre o valor do frete: 52% das transportadoras entrevistadas preveem uma piora no valor do frete no segundo semestre de 2017.
Apesar disso, dois dos principais responsáveis pelo baixo patamar de preço do frete – os indicadores de tributos em atraso e veículos parados – registraram uma melhora progressiva. O percentual de empresas com veículos parados diminuiu consideravelmente nos três últimos semestres: de 65,4% no primeiro semestre de 2016, para 52,8% no segundo semestre de 2016, para 38,7% no primeiro semestre de 2017. Mesmo com uma diminuição mais tímida, o número de empresas com tributos em atraso também caiu: de 50,3% para 48,3% no final do ano passado, até 47,2% no último semestre.
Lauro Valdívia, assessor técnico da NTC & Logística e responsável pela pesquisa, está otimista e diz que o potencial de melhora em relação a 2016 é visível: “Sentimos isso claramente em conversas com os empresários e tudo aponta para um segundo semestre positivo”, afirmou.
Os números da pesquisa mostram uma pressão inevitável nos custos logísticos, o que impacta não apenas transportadoras, mas todas as organizações que trabalhem com operações logísticas. Conhecer o mercado, sua dinâmica e, principalmente, os objetivos e necessidades de cada tipo de negócio é fundamental para prevenção de riscos no setor. A gestão inteligente de riscos em transportes é uma forma eficiente de se fazer isso e a IMC Brasil está pronta para ajudar neste desafio. Entre em contato conosco e saiba mais!
Fonte: ISTOÉ